quinta-feira, maio 15

O Labirinto do Fauno

Um dos melhores filme que eu já assisti!! O Labirinto do Fauno se trata de uma fábula sombria, cheia de fantasia, lúdica e triste. Um festival de efeitos, sensações, magia e arte.

O filme se baseia na história de uma princesa que largou seu reino subterrâneo para conhecer o mundo dos humanos e compartilhar suas experiências, sentimentos e as consequências de seus atos. Um dia esta princesa voltaria ao seu reino no corpo de um humano. Aí entra a garota de 10 anos, Ofélia (Ivana Baquero). Apaixonada por livros de contos e fadas, ela se muda junto de sua mãe Carmen (Ariadne Gil) para a casa de seu padrasto Vidal (Sergi Lopez), capitão das forças fascistas do general Franco que governa a Espanha a favor dos ricos e com o apoio da Igreja Católica.

Ao chegar na nova casa, Ofélia descobre aos arredores um labirinto que leve a uma trilha subterrânea. Lá ela conhece o Fauno (o mímico Doug Jones), uma criatura baseada no misticismo grego metade homem, metade bode, integrante do reino subterrâneo e convence Ofélia que ela é a princesa e para que ela voltasse ao seu mudo, ela teria que passar por três testes.
O filme narra brilhantemente a história sem deixar claro a separação entre os dois mundos, enqunto Ofélia está conhecendo criaturas fantasiosas e horripilantes, o capitão Vidal se concentra no extermíneo dos rebeldes do regime, polpando nenhum esforço. E por mais amendrotadoras que sejam as criaturas, os humanos parecem ser os verdadeiros monstros da história.

Apesar de ser um filme extremamente violento (as cenas de tortura dos rebeldes comandadas por Vidal são de embrulhar o estômago), o marcante de O Labirinto do Fauno é a inocência e a doçura trazida por Ofélia junto ao seu universo onírico, fazendo o espectador largar suas crenças e querer viver neste mundo lúdico.
O diretor Guillermo Del Toro fez seu trabalho tão maravilhosamente que O Labirinto do Fauno recebeu vários prêmios, incluindo o Oscar e o BAFTA. A fotografia do filme é quase um personagem, nos remete a sentimento de aconchego e medo, o que fez do filme algo ainda mais fantástico.

Se você aprecia uma história bem contada, com fantasias e ótimas atuações, O Labirinto do Fauno contém todos esses requisitos!!

quinta-feira, maio 1

Pirataria: Crime ou Inclusão Social?



No século XVI, o significado de pirataria para os espanhóis e portugueses era de colonização.

A pirataria de hoje, é uma maneira fácil e barata à obtenção de informação. E também criminosa.
Qualquer pessoa atualmente que tenha um computador e um software adequado para a cópia pode piratear filme.

Toda essa facilidade que temos para adquirirmos um filme pirata, tem feito a indústria cinematográfica armar seu contra-ataque à pirataria. Cinco grandes estúdios de Hollywood (MGM, Sony Pictures, Warner Bros., Universal Studios e Paramount Pictures) estão disponibilizando em uma página na internet ( http://www.movielink.com/ ), vários de seus títulos para que ó consumidor possa baixar em seu computador, pagando uma taxa em dólares que varia de filme para filme.

Donos de locadoras também saem prejudicados nesta briga. 'Perdi muitas locações do Homem Aranha porque o filme foi pirateado da Internet', diz José Carlos Tomaz, dono da Starlife.

O prejuízo do ato da pirataria chega a US$ 6,1 bilhões anualmente em rendimentos globais para a indústria audiovisual, segundo um artigo do Wall Street Journal. E junto com a queda na venda de títulos em DVD, que é a principal fonte de lucro das empresas cinematográficas, está também a redução na venda de ingressos para os cinemas.

Agora, falando de Brasil. Com um sálario mínimo de R$400,00, como o cidadão brasileira terá o "direito" ao lazer, sendo que uma entrada ao cinema não sai por menos de R$14,00? Para adquirir um título em DVD, terá de desembolsar pelo menos R$50,00. Filmes em locadoras, hoje não custam menos de R$4,00.

Procuramos ser aceitos em grupos. A inclusão social depende do culto que temos à certos estilos de vida. A cultura pop é algo excencial na nossa vida ocidental e os filmes fazem parte disto. Há um tempo atrás, quem não tivesse assistido ao filme Tropa de Elite ficava isolado dos acontecimentos do grupo, pois era o tópico mais comentando nas rodas de conversação.

Há vários lados desta história, ficando difícil poder tomar um posto decisivo. Como diria Einstein: tudo é relativo. Vendo pelo lado dos estúdios, é uma perda (ou melhor, só deixam de ganhar) e vendo pelo lado social, é uma necessidade. O consumidor tem que optar pela seguinte escolha: infringe a lei e adquire um filme pirata para poder ter seu entretenimento a um preço mais acessível, ou toma uma atitude politicamente correta e reserva uma quantia de seu dinheiro para poder ter um filme legítimo e aceitado pelo mercado mundial. Escutar ao "anjinho ou ao diabinho" é uma decisão pessoal, por isso se torna muito mais complicado para cada um de nós que se considera um verdadeiro cinéfilo.